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O Refluxo da Bebê – mais um capítulo

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Ontem foi o retorno da Julia no gastro e eu estava aguardando esse momento para “espalhar” as novidades.

Como visto nos capítulos anteriores, a Juju sofre desde o nascimento com refluxo, porém o médico não diagnosticou como uma doença, já que ela vem crescendo e engordando numa boa. Mas havia sim um problema, porque ela vomitava muito a cada mamada. Eis que a recomendação do gastro foi: manter os remédios (um a cada 12h e outro de 6 em 6 horas) e que eu experimentasse fazer uma dieta restrita às proteínas do leite de vaca.

Então assim eu fiz. E, após 24 horas sem iogurtes, queijos, requeijão, creme de leite, leite condensado, chocolates e bolachas nas minhas refeições a Julia não vomitava mais.

O efeito foi muito rápido, então custei a acreditar. Continuei dando os remédios e seguindo a dieta e no sétimo dia decidi tirar a prova disso. Fomos à padaria e tomei o café da manhã mais completo da vida. Leite, iogurte, pão de queijo, chocolate. Morrendo de felicidade. Sim, pode falar aí que sou uma péssima mãe, pois bastou uma mamada para ela voltar a vomitar, mas eu precisava ter certeza que era o leite que piorava o refluxo dela ou se tinha sido apenas uma coincidência, entende?

Desde então a vida tem sido assim. Sem leite pra mamãe e sem remédios pra Juju. Aliás, o gastro achou ruim que eu parei os remédios, mas eu bati o pé. Se ela está melhor, não vou dar remédios não. Ela é muito pequeninhas, pôxa! Ficamos acertados que eu daria somente aquele que era de 12 em 12 horas, mas somente uma vez, antes dela dormir.

É claro que eu não sou de ferro e às vezes preciso de alguma coisa que contenha queijo e como, com a maior culpa do mundo. Outro dia fomos a uma pizzaria e a pizzaria era boa demais para eu não comer a pizza de brocólis com requeijão deles. Resultado: assim que terminei de comer, EU comecei a passar muito mal. Talvez por estar a tanto tempo também sem leite no organismo. Aí me ocorreu que se eu estava passando mal, imagine como ficaria a bebê? Como eu não tinha tirado leite (eu sei, tenho que…), seria melhor eu comprar um potinho de aptamil anti refluxo, já que daquela vez que ela tomou ela passou tão bem que cheguei a pensar até em desamamentá-la. Que idéia ótima, né? NÉ? NÉ NÃO! Foi a noite do terror. Nossa! Ninguém faz noção. Todo mundo levou BANHOS de vomitos. Berço, cama, banhos de madrugada, 3 trocas de roupas por pessoa… pense na situação. Joguei o pote de aptamil longe (mentira! não joguei porque é caro e vou ver se algum bebê precisa). Nunca mais!

Ah, conversei sobre isso com o gastro e ele disse que é muito provável que a julia tenha que tomar fórmulas especiais quando eu parar de amamentá-la. Mas que isso não significa que ela tenha de fato uma alergia ao leite (vamos torcer, tá?) e sim que o leite da vaca não “conversa” bem com quem tem refluxo, portanto mais pra frente nos preocuparemos com isso.

Tem mais: dois dias antes eu tinha levado as meninas no pediatra pra exame de rotina e o pediatra delas pediu para começar a introduzir o suquinho de manhã e frutinha a tarde. E eu fiquei tão orgulhosa da minha bebê, toda linda e concentrada descobrindo novos sabores. Mas aí o gastro disse que era melhor começar com uma nova alimentação somente o mês que vem. Aí fiquei em dúvida de qual recomendação seguir. A Luisa começou a tomar suco e comer frutas só com 6 meses (a Julia completaria 5 meses amanhã, se esse ano fosse bissexto. rs), mas com a Julia ele pediu para começar agora.

Parece uma decisão tão bobinha, eu sei que é. Só que quando é com seu filho a impressão que eu tenho é que tudo é um dilema tão grande. Afinal, se trata do desenvolvimento dela e a decisão que eu tomar aqui pode influenciar toda uma vida lá na frente. (Nossa, hein, que exagero?!) Só quem não sofre de gastrite não sabe do que eu estou falando.

A minha primeira decisão foi seguir a recomendação do pediatra dela e iniciar as frutas. Ele é quem a acompanha desde que ela nasceu e ele é quem cuida dela mês a mês. É nele quem eu confio minhas 2 filhas, então é com ele que eu vou.

“mamãe, você está certa disso?”

Nem 24 horas se passaram e agora estou decidida a seguir o que o gastro pediu e esperar o próximo mês. Isso porque eu vinha notando uma piora no refluxo da Ju e não estava entendendo o motivo. Desconfiei que fosse das frutas, mas achei que com o tempo o estômago dela se acostumaria, mas desde ontem ela tem passado bem malzinha. Então, não custa nada esperar. E fico até mais confortável em seguir com a amamentação exclusiva até os 6 meses, como fiz com a Luisa.

Portanto, essa é a MINHA dica da vez:

Para quem está aí penando porque o seu bebê sofre de refluxo e nem os remédios estão conseguindo conter esse incômodo, experimente fazer essa dieta restritiva às proteínas do leite. Com a Ju funcionou quase que imediatamente, mas o médico havia pedido para fazer o teste por uma semana. É dureza! Principalmente quando você está acostumada com o melhor da vida (chocolate! chocolate! chocolate!). Mas vale a pena quando, enfim, você vê grandes melhoras no seu bebê e também quando descobre quase sem querer que (ops!) lá se foram 2,5kg… Eba!

Nessa vida, eu encontrei o Diário Sem Lactose com receitas de brigadeiro e pão de queijo sem proteína do leite. (Só encontrei, mas nunca testei as receitas. rs)

Também, se puder, tente encontrar um gastro pra acompanhar o bebê. Por sorte, o refluxo da Julia não é nada de sério e o gastro dela descobriu rápido a solução. Mas tenho certeza que muitas mães não sabem que, às vezes, bastava excluir o leite de vaca da sua alimentação para a criança melhorar. Sem contar que o refluxo pode ter outras causas e somente um especialista poderá investigar isso a fundo.

É isso. Esse capítulo do refluxo da Juju termina por aqui. Acho que só voltaremos depois quando ela tiver que desmamar ou, quem sabe, não.

E como diria nosso amigo Mickey Mouse:

tchau! :)


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